
Por que a IVI esconde os bastidores da eleição do Inter?
Publicação em 24.11.201. Eleições no Inter
Eis a pergunta de um milhão de dólares: será verdade que três entre os quatro candidatos na eleição do Inter são de situação? Bom, isso daria uma boa matéria jornalística, se não se quisesse proteger o clube.
Ser de “situação” é tão bom ou a “situação é tão boa” a ponto de 75% dos candidatos serem do mesmo lado? Ou isso não confere? Bom, imprensa é para isso.
Aliás, nessa linha, o que significa Falcão dizer que Romildo é o melhor dirigente dos últimos 20 anos? Mais: não daria uma boa matéria jornalística – e não chapabranquistas – investigar as razões pelas quais Falcão cita “ditadura” no comando do Inter? Houve resposta?
Bueno, não vou pautar a imprensa. Falo de imprensa – a dúvida é saber se a IVI é imprensa só no nome. Mas que aí há duas boas pautas, ah isso há.
2. Felipão e Abelão: dois pesos, várias medidas
A chegada de Felipão teve um tratamento duro e até maldoso por parte da imprensa gaúcha. Pedro Ernesto talvez tenha sido aquele que quem mais cutucou a ferida dos 7x1. Felipão estava 4 dedos abaixo.
Felipão sofreu mais aqui do que depois dos 7x1 nos dias depois do jogo.
Agora veio Abelão e tudo é elogio e condescendência. Incrível como isso fica visível. Autoexplicativo. Mas isso de IVI não existe. É algo que põem na sua cabeça.
3. A volta do chuveirinho?
Observemos. Se o Grêmio não tivesse entregado pontos preciosos como contra o Ceará (patético), domingo contra o Corinthians não tivesse insistido com chuveirinho, e o Grêmio já seria líder. Nem vou falar de jogos como contra o Sport e contra o Vasco (jogo ridículo).
Esse campeonato é tão mole que até com essa leniência e preguiça o Grêmio está próximo aos líderes.
Foi bom o Grêmio voltar a usar titulares. Todavia, não é bom inventar “jabuticaba”, como ficar jogando balão na área e consagrando zagueiros e goleiro. Os dois pontos não conquistados contra o Corinthians, nas circunstâncias em que foi o jogo, poderão custar uma fortuna. Mormente de houver algum percalço nas Copas.
4. O “sistema azul” (sic) e a Tosa de Porco
Foi excelente a repercussão do Jus Azul com a matéria sobre o Sistema Azul inventado pelo Baldasso. Tudo indica que a tese do Baldasso seja Tosa de Porco: muito grito e pouca lã. Cortina de fumaça para esconder chapabranquismo e ivismo.
Parece uma Caixa Chinesa: quando se tem um problema para resolver, arruma-se outro para chamar a atenção. O filme Caja Chino, com Darin, mostra bem isso.
Há outro filme melhor ainda que trata da Caja Chino: Mera Coincidência ou, no original, Wag the Dog (algo como o rabo torcendo o cachorro). Uma guerrinha contra a Albânia sempre cai bem. É o caso do Sistema Azul.
Vamos ver a Libertadores. E tem eleições também. Semana cheia.