Empresa que faz segurança do Carrefour tem policial como sócia
Publicação em 27.11.20O Grupo Vector, empresa terceirizada responsável pela segurança da unidade do Carrefour em que João Alberto Freitas foi espancado até a morte, na noite do dia 19, em Porto Alegre, tem entre seus sócios-administradores ao menos uma policial militar de São Paulo, o que é vedado pela legislação paulista. A informação foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que iniciou imediatamente “uma apuração rigorosa no quadro societário e de funcionários da empresa Vector Segurança Patrimonial para apurar infrações” ao estatuto do funcionalismo público estadual e ao Regulamento da Polícia Militar.
A empresa tem sede na capital paulista; uma de suas filiais é em Canoas (RS). “Todos os casos de irregularidades que forem constatados terão a abertura imediata de procedimentos administrativos”, diz o documento da SSP.
A cabo da PM-SP Simone Aparecida Tognini aparece como sócia e administradora da Vector na ficha cadastral da empresa na Junta Comercial do Estado de São Paulo. Ela detém 5,26% do capital da empresa, e o restante pertence, de acordo com o documento, a Adelcir Geusemin, que se declarou residente em Porto Lucena (RS), município localizado no noroeste do RS, às margens do Rio Uruguai.
Em nota, a Vector contradiz o documento oficial que consta na JUCESP, e sustenta que “seus sócios policiais são apenas cotistas da empresa, o que é permitido por lei”.
No sistema da Receita Federal, o nome de Simone Tognini também aparece no quadro societário da empresa, mas ali Adelcir Geusemin aparece como administrador da Vector. A empresa tem mais de 2.000 funcionários e atua em 13 Estados.